sábado, 19 de junho de 2010

Capítulo 21: Alemanha x Sérvia - Nacionalismo Polonês

Na primeira rodada choveram elogios para a Alemanha "brasileira", ofensiva e de toques rápidos e envolventes. Porém, choveram também críticas à Sérvia, que fez jogo horrível diante de Gana, e perdeu por 1x0. Com isso, a famosa casa de apostas de Cotia duplicou a premiação em caso de vitória sérvia. Claro, em Cotia não se recebe o valor justo. Pelo menos não sem muita choradeira com o gerente.

O país recém formado independente, já contente por participar antes da Copa do que seu grande rival, Montenegro, do qual depois de anos de casamento, separou-se. Porém, quer ainda passar de fase, para deixar seu registro histórico na África, pois outra Copa no continente, só daqui 80 anos...

Para tal, precisava vencer o time mais badalado deta Copa até então. Diga-se, pela primeira rodada, com justiça. E não faltaram promessas de futebol ofensivo e busca da vitória. E no futebol, quanto mais se fala e/ou promete, menos se cumpre. Exatamente como ocorreu.

Os primeiros minutos foram de ataque exclusivos alemães, com raras investidas sérvias. Podolski era o principal a criar chances de gol. A Sérvia possuía esperança basicamente em um trunfo. O tradicional mito do gigante sérvio, base da cultura do país. Refere-se a um tal Zigic, cuja altura é de assustadores 2,02 metros.

Com domínio total da Alemanha, era difícil imaginar qualquer resultado diferente que uma vitória germânica. Eis então, que bateu o coração do polonês Klose, e o rapaz fez duas faltas, não tão duras, mas por trás. Recebeu o vermelho. Fingiu que não gostou, mas ainda com amarelo, chutou um lance em impedimento, já buscava a expulsão.

A ideia era apenas equilibrar o jogo, afinal, em termos práticos, a Alemanha só perdia um jogador grossão lá da frente. Contudo o resultado foi mais do que imediato. Algum "ic" cruzou para o Mito Zigic desviar. Os alemães olharam a bola e outro "ic" (apenas um atleta dos 11 titulares não terminava seu nome com "ic"...) fez Sérvia 1x0. Este "ic" era Jovanovic.

Crente que vivia um sonho, o rapaz quis testar se era mesmo realidade, e foi pular no fosso. Sua sorte é que não estava na Lapa, mas na África do Sul. Fosse o antigo Palestra, teria tido uma queda razoavelmente dura.

A Alemanha buscou empatar, e mesmo com um a menos, chegou a explodir uma bomba no travessão ainda no primeiro tempo. Nada mais, porém. Ficou-se no 1x0.

Na segunda etapa, o time sérvio lembrou dos tempos de Segunda Guerra: "a Alemanha nos ataca, tentamos nos defender". Não era nenhum general desta vez, e sim o treinador Radomir Antic. E foi isto que se observou no gramado.

A Alemanha foi para cima. A Sérvia se defendia, principalmente com dois de seus mais notórios zagueiros: Ivanovic - não confundir com a tenista, que ultimamente anda mais preocupada com outro tipo de cabo do que só o da raquete - e Vidic, jogadores de Chelsea e Manchester respectivamente.

Só que na Sérvia, há uma lei básica, a qual deve ter penas severas no país: deve-se sempre ceder ao adversário um lance de penalidade, especialmente utilizando o braço, pois assim já se testa possíveis atletas para o voleibol. E, bem como na estreia, outro pênalti ridículo. Porém, novamente bateu o coração polonês, e Podolski recuou para o arqueiro. Seguia 1x0.

A Sérvia segurou como pôde, e ainda colocou bolas na trave, sem entretanto modificar o placar. 1X0, grupo bem aberto.

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