segunda-feira, 21 de junho de 2010

Capítulo 29: Brasil x Costa do Marfim - E o Brasil não jogou nada...

A estreia contra a Coréia do Norte foi traumática. É verdade que o time asiático fez uma retranca maior do que era possível. Contudo, o Brasil nada fez para merecer coisa melhor do que uma vitória simples. Não virou o jogo, não fez marcação pressão, quase nenhuma jogada pelos lados. Foi um jogo acomodado.

E esta traumática apresentação tinha tudo para se repetir. Contudo, contou com uma forcinha do time africano, os amigos já vão entender porque. Antes, uma crítica. Os times africanos neste mundial estão apostando em treinadores estrangeiros. Um francês em Camarões, Sven-Goran Eriksson na Costa do Marfim; Parreira na África do Sul. E o resultado está aí: enorme probabilidade de todos dançarem ainda na primeira fase.

Voltando ao jogo em questão, o Brasil fez o de sempre. E o fez com razão, visto que até aqui tem dado certo. trata-se da postura. Apesar da primeira chance ser brasileira, e justamente em um contra-ataque, a bola era da Costa do Marfim. O que me incomodou muito. Não pela ação em si, mas pelas reclamações de quem estava a minha volta...

Ora, a especialidade do Brasil é contra-ataque, para tal, o time adversário tem de sair lá de trás. E nada mais coerente que, em não tendo a bola, deixá-la com o time rival. ora, a rigor, qual defesa fez Júlio César nos primeiros 30 minutos? Pois é, nenhuma. Isto ocorreu porque, mesmo sem a bola, o controle do jogo foi brasileiro durante todo tempo. Por que não fez isso diante da Coréia do Norte? Porque, mesmo com a bola, não iriam sair para o jogo. Os africanos saem.

E saíram, morderam a isca brasileira. Confesso, esperava jogo mais difícil, pois pensei que não seriam ingênuos e ficariam atrás,a té proque o empate era bom. Contudo, não foi o que ocorreu. Saíam, ficavam com a bola e, pensavam eles, tinham o domínio do jogo. Ledo engano. Erro crasso.

Pediram para perder. O Brasil precisou de apenas dois contra-ataques para achar seu gol. No primeiro, Kaká prendeu a bola demais. No segundo, a bola chegou em Luís Fabiano. Ele tava de jejum? Foda-se. FODA-SE. E mais um monte de foda-se para a imprensa babaca. É gol. 1x0.

E, claro, fim de papo. O Brasil poderia ainda mais deixar os africanos pensarem que podem jogar de igual para igual. E eles fizeram. Contudo, o primeiro tempo ficou 1x0.

Todavia, não demorou para a parada ser resolvida. Logo com cinco minutos, Fabuloso disputou uma bola pelo alto, ela pegou na mão dele. Totalmente sem intenção. Deu dois chapéus e meio e, aí sim, deu uma ajeitadinha com o braço. Mas marcar mão depois de dois chapéus e meio? Nem vem! Golaço. GOLAÇO! 2X0.

Só para fechar de vez o caixão, Kaká fez ótima jogada, e achou Elano livre. Acha que pode sair com o Brasil? Se fodeu. 3x0.

Só que aí os africanos mostraram que, além de burros por não perceberem que não podiam sair tanto, não sabem perder. Eles sabiam sim, jogar bem, e perder. Mas talvez o técnico europeu tenha mudado isso. O time africano resolveu bater. E bateram muito. O juiz deixou. Tinha de ser francês...

O cara dá solada, outro voadora, outro sme bola, e tudo certo. Punir? Nem fodendo. Aí Kaká encosta no africano, ele desaba, e o juiz expulsa. Êta coerência... O Kaká tocou no cara e tomou cartão. O camisa 9 quase querba o Elano e não recebe nem bronca...

Ah, sim, no meio disso teve um gol de Drogba, mas isso é irrelevante. A Costa do Marfim não merece mais destaque pelo que fez.

E o Brasil, jogou muito bem, e chegou a jogar bonito. Sei que o "jogo bunitu" veio com placar construído, porém, quem construiu o placar? O próprio Brasil. Não gosto muitas vezes dessa seleção, mas hoje simplesmente não há o que criticar. O Brasil jogou muito, e até bonito.

Quer criticar, critique o jogo da Coréia. Mas, se fizer isso, não reclame em caso de eliminação. O povo tem de se decidir se quer ganhar ou jogar bonito. Eu disse que prefiro o futebol bonito, mas não reclamo em caso de derrota. Contudo, bom que fique claro, hoje foi perfeito. Jogou bem e até bonito, vencendo. Não há o que reclamar. Ou melhor, há. o povo semrpe arruma algo...

Ah, e antes que me esqueça, Dunga Deus!

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