sexta-feira, 25 de junho de 2010

Capítulo 47: Suíça x Honduras - O fim do ferrolho

Ninguém defende como a Suíça, é o novo ditadinho do momento. E ninguém ataca tão mal como a Suíça. Nem a Itália. Nem as rezas de Frei resolvem. O sistema ofensivo do páis sede da FIFA e aqueles cones usados em treino são a mesma coisa.

Em teoria, bastavam dois gols de diferença para avançar. Em teoria. Na prática, não bastavam dois gols. Eram dois distantes gols, os quais, em ocorrendo, era certamente motivo de feriado ancional. Quiçá mundial.

Para Honduras era chance de ganhar seu primeiro jogo em Copas. E de marcar seu primeiro gol nesta Copa de 2010.

O jogo no primeiro tempo, contudo, nem parecia valer vaga para a Suíça, pois esta montou o seu tradicional ferolho. De forma correta. Não que esta estratégia fosse a melhor, contudo, a equipe alvirubra simplesmente não sabe o que significa ataque. Para ela, trata-se de algo que todas as boas seleções do mundo fazem, mas algo tão conhecido como se há vida em Marte.

Honduras, por pior que fosse, ficou com vontade de atacar. O "sabichão" lateral Sabillón, bem como o outro, Figueroa - que nem de longe lembra a sola da chuteira do ex-zagueiro que jogou no Internacional de Porto Alegre - não passavam do meio, formando a tradicional linha de quatro defensiva.

Nem os hondurenhos acreditavam em tanta defensiva dos suíços. Os caras não saíam de trás. Poderiam ter ficado tocando bola na zaga que o jogo acabaria assim. Sem nada. Mesmo não sendo handball, esporte em que troca de passes passivos implica na perda da posse de bola, os hondurenhos não quiseram fazer esse jogo morto e, superando a incapacidade técnica, foram para cima. E um jogo em que os hondurenhos comandam as ações ofensivas, o placar não pode sair do 0x0.

No segundo tempo, e com a Espanha vencendo seu jogo, os suíços resolveram sair. E mostraram que existe time mais incompetente para atacar que a Itália. Não bastasse a ruindade ofensiva, a Suíça atacando ainda deixa seu ferrolho tal como é seu queijo: cheio de barquinhos.

E assim quanto mais a Suíça atacava, mais Honduras quase fazia gol. Mas um jogo em que um tempo é comandado por Honduras, e em outro tem a Suíça saindo ao ataque, não pode ter gol. Seria uma ofensa ao futebol. 0x0, e fim de Copa para ambos. Aliás, ofensa maior ainda seria o péssimo futebol suíço passando de fase. Ao menos nisso, a Copa da África teve coerência.

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