terça-feira, 29 de junho de 2010

Parte II - Capítulo 8: Espanha x Portugal - Tragédia Ibérica

Espanah x Portugal. Clássico de Península Ibérica que tem mais registros históricos, dos tempos das Grandes Navegações, do que no futebol. Também na História são ambos mais vitoriosos que no futebol, ao menos no ponto de vista dos próprios. No futebol, os dois devem. Nem por isso esperava-se menos que um jogão, e também vitória espanhola.

Com cinco minutos, a promessa parecia se concretizar. Torres e Villa, por duas vezes, quase marcam. Eduardo salva os lusos. Aos poucos o jogo parece entrar no clima da Paraguai e Japão, fica chato e monótono.

Isto faz o rabiscador pesquisar o que poderia fazer de hoje um dia tão cabuloso. E lá foi ele para o horáculos dos tempos modernos, vulgo Google. Hoje, dia 29 de junho, reserva alguns acontecimentos interessantes, e até negativos.

O famosíssimo Globo Theatre, em Londres, foi incendiado. Em Vila Rica (MG) ocorre a Revolta de Filipe dos Santos, curiosamente contra um time em campo, Portugal. O problema eram os impostos colocados sobre o ouro por estes, que em comentários querem mesmo que se acredite que a colonização protuguesa foi boa para o Brasil. Faça-me o favor... Contudo, isso é absolutamente irrelevante.

Eis o que este retardado rabiscador encontra: a África do Sul implantou oficialmente o Apartheid. Agora sim, um motivo mais que relevante. E isso explica tudo. Não poderíamos ter gols e, se ocorressem, só em impedimento ou irregulares. De preferência com jogos horríveis.

Assim, respeitando a data, os espanhóis só tocavam bola. Os portugueses contra-atacavam de vez em quando. E só. Nada mais. 0x0 no primeiro tempo.

Tudo seguiu na mesma chatice no segundo tempo. Até que não deu pra suportar. Portugal não tem time para tudo isso. Longe disso. O problema era mesmo a porra da data. Mas ela abriu uma exceção. Como dito anteriormente, havia necessidade de alguma irregularidade. Um impedimento mínimo, erro absolutamente perdoável. Até porque a ideia do "off-side" é de um jogador não tomar muita vantagem, e uma meia dúzida de centímetros não é tão beneficente assim.

Portugal não mostrou nada para reagir. Cristiano Ronaldo, como sempre em jogo decisivo, nada fez. Toques de letra sim, dois. Apareceu no telão, apareceu na TV. Fez sua graça. Não jogou nada, como de costume.

E assim acabou o triste dia, com dois jogos fracos, e apenas um gol. Mas um gol de justiça.

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