quarta-feira, 7 de julho de 2010

Parte IV - Capítulo 2: Espanha x Alemanha - Euro 2008, o Déjà Vu

Revanche ou reedição (é assim com a porra da Reforma?) da final de Eurocopa de 2008, quando a Espanha venceu por 1x0 a própria Alemanha? Final inédita ou a revande de 1974? Essas eram as duas principais curiosidades sobre o que ocorreria na Copa do Mundo após o duelo da segunda semi-final entre a favorita desde o início da competição, Espanha, e a não menos favorita, mas que entrou com muita desconfiança, a Alemanha. (mas quem ousa descartar um time que mete quatro em Inglaterra E Argentina?)

A promessa era de jogão. Leôncio, vulgo Vicente del Bosque, finalmente tirou Torres do time titular e deu chance para Pedro. E o menino provou, como já mostrara no Barcelona, que além de ser um baita jogador, não tem medo de jogar, por mais decisiva que seja a partida.

Os primeiro minutos foram de pressão da Espanha. Pressão ainda maior da existente na panela que preparava a paella de comemoração. Comemoração sim, ou algum espanhol esperava vitória alemã?

Contudo, apenas uma boa chance, com Villa, foi criada. Aos poucos a Alemanha equilibrou a partida, e teve sua boa chance. Um trouxa, em alemão, Trochowski, chutou bem, mas Casillas defendeu.

E o primeiro tempo se arrastou assim. Com a Espanha tocando bola, longe da apresentção que todos queriam, a Alemanha tentando encaixar um contra-ataque, também longe do que os espectadores imaginavam para o espetáculo.

No segundo tempo, entretando, sem nenhuma grande mudança, o jogo mudou completamente. A Alemanha seguiu igual, mas a Espanha resolveu jogar o que dela se esperava, 45 minutos que sejam, ou até menos que isso. Mas jogando bonito, com toques envolventes, dominou completamente a Alemanha, que a rigor conseguiu apenas um contra-ataque. E com a zaga da Fúria jogando em linha...

O tal jogo bonito espanhol enfim apareceu. E ficou nítido em uma jogada particularmente. Xabi Alonso dominou e girou dentro da área, rolou de calcanhar para Inista, que fez bela jogada e quase Villa completou para o gol. Seria um golaço.

A pressão era espanhola. Isso era fruto do bom futebol, afinal, a Alemanha, que simplesmente humilhou Inglaterra e Argentina, não via a bola. Mas o futebol é irônico.

Não, a Alemanha, ultra-pressionada, não fez gol. Mas a Espanha, jogando bonito, cheia de toquinhos, dribles e viradas de jogo, fez seu gol da vitória do jeito mais "anti-futebol" possível. De bola parada, com cabeceio de um zagueiro. Puyol, no caso. 1x0. E o placar repetia a Eurocopa de dois anos atrás.

A Alemanha tentou, inutilmente, jogar. Özil, o qual não fez boa partida hoje, pegou mais na bola e até demonstrou o porquê de ser considerado o grande jogador desta Alemanha, criando alguns bons espaços, mal aproveitados. Casillas seuqer teve trabalho nos 15 minutos finais. E a Espanha, finalmente, chega a uma final.

Final esta que, além de inédita, ainda trará um novo campeão, seja ele a Espanha, seja ele a Holanda. Bem como queria este rabiscador.

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